TERMO DE COOPERAÇÃO

Prefeitura inicia parceria para requalificação do Centro de Campinas

Grupo formado por representantes de órgãos estaduais e do BNDES visitou edifício do Campinas Palace Hotel, um dos imóveis mapeados no acordo de cooperação

Da Redação
02/05/2024 às 08:28.
Atualizado em 02/05/2024 às 08:28
Campinas Palace Hotel é o primeiro dos 25 imóveis selecionados na parceria entre Prefeitura, órgãos estaduais e BNDES; tendência é que o espaço seja utilizado para habitação de famílias que estão na fila de espera para conquistar a casa própria (Alessandro Torres)

Campinas Palace Hotel é o primeiro dos 25 imóveis selecionados na parceria entre Prefeitura, órgãos estaduais e BNDES; tendência é que o espaço seja utilizado para habitação de famílias que estão na fila de espera para conquistar a casa própria (Alessandro Torres)

A Prefeitura de Campinas deu início ao trabalho integrado para estabelecer um cronograma de ações que definirá as modalidades para o projeto de requalificação do Centro da cidade. Entre as ações previstas no cronograma de trabalho está o levantamento das informações fundiárias das 25 dos imóveis mapeados, levantamento do impacto ambiental, urbanístico e viário de cada área, bem como suas diretrizes e restrições. Logo após a reunião realizada na Prefeitura, o grupo visitou o edifício do Campinas Palace Hotel, que é um dos 25 imóveis mapeados no acordo de cooperação técnica. A secretária municipal de Urbanismo, Carolina Baracat Lazinho, revelou que a tendência é que o espaço seja utilizado para habitação. A visita ao Palace foi o primeiro passo para desenvolver uma proposta para recuperação e ocupação do imóvel. Uma das opções estudadas é utilizar o edifício para fornecer moradia social e abrigar famílias que estão na fila da casa própria.

“Trouxemos os representantes da CDHU e da Agemcamp aqui no prédio para que possamos explorar mais as suas potencialidades. Vimos que realmente a tendência é mais voltada à questão habitacional com mesclas de uso e de faixas de renda”, revelou a secretária. O encontro referente ao termo de cooperação técnica firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ocorreu no início desta semana e reuniu representantes dos órgãos que assinaram o documento: Companhia de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de São Paulo (CDHU), Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as secretarias municipais de Urbanismo, Habitação e Planejamento Urbano.

A moradia no Centro da cidade é um ponto fundamental do projeto de requalificação da região, que também é uma das áreas de estruturação dos projetos de planejamento e desenvolvimento urbano para Campinas. A requalificação do Centro de Campinas é um do três polos de desenvolvimento prioritário previstos no Plano Diretor de Campinas, aprovado em 2018.

Carolina Baracat explicou que o levantamento a ser feito, além de ser objeto do termo de cooperação, vai reunir base de dados técnicos para dar andamento ao projeto. Ele terá informações detalhadas, como a situação fundiária das matrículas dos 25 imóveis que são objeto do termo de cooperação. Também será feita a verificação de eventuais restrições ambientais, viárias e urbanísticas, de acordo com a lei de ocupação e uso do solo, e o perfil das famílias que poderiam morar na região central.

Os secretários municipais de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini, e o de Habitação e presidente da Cohab Campinas, Arly de Lara Romêo, também participaram da primeira reunião de trabalho do grupo, no gabinete da Secretaria de Urbanismo. Para a diretora de Planejamento Habitacional Urbano da CDHU, Maria Cláudia Pereira de Souza, esse é um projeto extremamente estratégico que pode ter um impacto muito importante pra região metropolitana de Campinas. A diretora salientou que esse é um exemplo para outras metrópoles, porque o esvaziamento do Centro com áreas que ficam ociosas é um problema que acontece nas grandes cidades.

“Impulsionar uma reativação do Centro de Campinas é fundamental tanto para a cidade como para a Região Metropolitana. E o Palace é o primeiro dos 25 imóveis selecionados. É um edifício emblemático aqui na região de Campinas, então o esforço é pensar que ele realmente pode ser parte importante da proposta”, complementou.

O termo de cooperação leva em conta o potencial da área central de Campinas e sua importância como centralidade da Região Metropolitana de Campinas, a existência do projeto "Nosso Centro", de requalificação do Centro, com a lei municipal de incentivos urbanísticos e fiscais para requalificação de imóveis no polígono prioritário da área central e a instalação do Trem Intercidades (TIC) ligando São Paulo e Campinas. A área de abrangência do futuro projeto deve abranger parte dos bairros vizinhos, como Vila Industrial, Cambuí, Guanabara e Botafogo. Inclui terrenos e edificações públicas e privadas, inclusive edifícios de interesse histórico e espaços de preservação ambiental.

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