EM NOVA ODESSA

Hospital e unidades de saúde são abastecidos por energia solar

Prefeitura realiza parcerias com empresas para implantar painéis fotovoltaicos

Edimarcio A. Monteiro/ [email protected]
10/09/2022 às 06:52.
Atualizado em 10/09/2022 às 06:52
O Hospital e Maternidade Municipal de Nova Odessa, que atende gratuitamente 9 mil pacientes por mês no pronto-socorro, recebeu 295 novos painéis solares, com capacidade de gerar até 13 mil kW/h ao mês, energia suficiente para abastecer até 43 casas por 30 dias (Divulgação)

O Hospital e Maternidade Municipal de Nova Odessa, que atende gratuitamente 9 mil pacientes por mês no pronto-socorro, recebeu 295 novos painéis solares, com capacidade de gerar até 13 mil kW/h ao mês, energia suficiente para abastecer até 43 casas por 30 dias (Divulgação)

A Prefeitura de Nova Odessa está desenvolvendo um programa de uso de energia limpa e renovável em seis unidades de saúde. O trabalho, iniciado em julho e previsto para ser concluído até o final deste ano, prevê parcerias com empresas para implantação de painéis fotovoltaicos — a custo zero para o município — para a geração de energia solar para atender o Hospital e Maternidade Municipal (HMNO) e cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o que representará uma economia mensal nos gastos com eletricidade.

O maior projeto é o do hospital, onde foram instalados 295 novos painéis solares, com capacidade de gerar até 13 mil kW/h ao mês, energia suficiente para abastecer até 43 casas por 30 dias. O sistema com módulos de 340W depende agora da homologação para entrar em operação.

O projeto foi desenvolvido por meio de parceria da Administração Municipal com a concessionária de energia elétrica, como parte do Programa CPFL Energia nos Hospitais. Ele integra iniciativas da área de eficiência energética da empresa para beneficiar hospitais dos municípios de sua área de cobertura, o que proporciona impactos financeiros imediatos com a redução das contas de luz.

De acordo com o engenheiro Emerson Padela, da Secretaria Municipal de Obras, o sistema propiciará uma economia de energia elétrica em torno de 60% no Hospital e Maternidade Municipal. “Além do mais, a energia solar é limpa, deixando de emitir várias toneladas de CO2 (dióxido de carbono) na atmosfera a cada ano, o que melhora a qualidade de vida da população e a saúde do planeta”, acrescenta. 

O hospital é a principal unidade de saúde de Nova Odessa, atendendo gratuitamente cerca de 9 mil pacientes por mês no pronto-socorro. A usina solar fotovoltaica tem painéis que produzem eletricidade, que passa por um inversor solar para convertê-la em corrente alternada. Depois desse processo, as redes de transmissão fazem a distribuição da energia para os locais definidos.

Ampliação

O projeto de uso de energia renovável também já foi implantado nas Unidades Básicas de Saúde 1 e 2 de Nova Odessa (na região central e Jardim São Jorge). 

Esses painéis fotovoltaicos foram adquiridos por meio de uma emenda parlamentar de R$ 220 mil. Os sistemas devem gerar uma economia de cerca de 95% no custo com energia nas duas unidades. 

Na primeira unidade básica de saúde, funciona o Centro Odontológico municipal, enquanto a segunda sedia o Conselho Tutelar.

A Prefeitura também assinou, no final de agosto, um termo de cooperação com a empresa Usina Termelétrica (UTE) Paulínia Verde para doação e instalação de dois sistemas de geração de energia fotovoltaica na UBS 5, no Jardim Alvorada, e na UBS 7, localizada no Jardim Nossa Senhora de Fátima. Os painéis solares não terão custo para o município e devem ser instalados em três meses.

A UBS 4, no Jardim São Francisco, que funciona em imóvel alugado, somente receberá o sistema fotovoltaico quando estiver em prédio próprio. De acordo com a Administração Municipal, o projeto de construção está em andamento. “Esse é o caminho do futuro, aproveitar cada oportunidade para gerar energias sustentáveis e, assim, diminuir nosso impacto no meio ambiente”, destaca o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho. 

Parcerias

“Nossa cidade é conhecida como ‘Paraíso Verde’, daí a importância de investirmos cada vez mais em sustentabilidade. Nosso hospital já está sendo beneficiado por esse programa, que tem por finalidade ajudar na redução das contas de energia elétrica”, afirma o prefeito.

“Temos que criar novas soluções que visem gerar economia para os cofres públicos, e esse sistema fotovoltaico é de grande importância”, completa.

“Nossa empresa tem a filosofia de promover ações como essas nas cidades onde estamos, impactando positivamente as regiões atendidas”, afirma o diretor da Usina Termelétrica Paulínia Verde, Christian Schock. A empresa faz parte de um grupo com atuação voltada a energias renováveis. A usina termelétrica entrou em operação em junho passado para geração de eletricidade a partir do gás natural gerado por um aterro sanitário controlado (da antiga Estre Ambiental), em Paulínia.

O empreendimento é uma joint venture entre a Mercurio Partners, o Grupo Gera e a Orizon Valorização de Resíduos. O projeto foi um dos vencedores do leilão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no ano passado. 

Com investimento total de R$ 180 milhões e com 25,3 MW de potência instalada, a UTE gerará energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN) a partir de biogás e biometano. A usina é a primeira térmica do leilão emergencial (PCS 2021) a entrar em operação e injetará 15,7 MW de energia no sistema elétrico brasileiro.

CPFL Energia nos Hospitais

O programa “CPFL Energia nos Hospitais” tem três frentes de trabalho: ações de eficiência energética, investimento em humanização hospitalar e melhorias e doação em conta de energia para hospitais. No aspecto de eficiência, são previstos investimentos de aproximadamente R$ 155 milhões pelas quatro distribuidoras do grupo (Paulista, Piratininga, Santa Cruz e RGE) para atender cerca de 300 instituições de saúde até o final do projeto.

Até o momento, 210 hospitais públicos e filantrópicos dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Sul já foram beneficiados. As obras representam uma economia de aproximadamente R$ 11 milhões anuais nas contas de luz das instituições.

A CPFL Energia já investiu R$ 155 milhões no projeto, que inclui a substituição de mais de 102 mil lâmpadas comuns por outras de tecnologia LED e instalação de usinas fotovoltaicas com potencial total instalado de 16,7 MWp. Os sistemas proporcionam uma economia de energia elétrica estimada em 31,4 Gwh ao ano, o que equivale ao consumo de 13.230 residências de porte médio anualmente. De acordo com a empresa, o sistema ainda evita a emissão de 2,354 toneladas de CO2 na atmosfera, o equivalente ao plantio de 14.124 novas árvores.

Entre as instituições beneficiadas no Estado de São Paulo estão o Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vinhedo; Hospital de Amor, em Barretos; o Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme); Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; Hospital Nestor Goulart Reis, de Américo Brasiliense; e as Santas Casas de Araraquara; Jaú e Ibitinga.

IMPLANTAÇÃO DE PAINÉIS SOLARES

Em parceria com Programa CPFL Energia nos Hospitais:

Hospital e Maternidade Municipal - instalados 295 novos painéis solares que resultarão em economia de 60% nos gastos com energia elétrica.

Com verbas federais de R$ 220 mil (emenda parlamentar):

* Já implantado sistema solar nas Unidades Básicas de Saúde 1 (região central) e 2 (Jardim São Jorge), que deve gerar 95% no custo de energia nas duas unidades.

Em parceria com Usina Termelétrica (UTE) Paulínia Verde:

* Dentro de três meses, serão instalados painéis fotovoltaicos na UBS 5, no Jardim Alvorada, e na UBS 7, no Jardim Nossa Senhora de Fátima.

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